Sunday, December 7, 2008

Tão certo quanto o amigo ama o amigo


Tão certo quanto o amigo ama o amigo, Também te amo, vida-enigma- Mesmo que em ti tenha exultado ou chorado, Mesmo que me tenhas dado prazer ou dor. Eu te amo junto com teus pesares, E mesmo que me devas destruir, Despreprender-me-ei de teus braços Como o amigo se desprende do peito amigo. Com toda força te abraço! Deixa tuas chamas me inflamarem, Deixa-me ainda no ardor da luta Sondar mais fundo teu enigma. Ser! pensar milênios! Fecha-me em teus braços: Se já não tens felicidade a me dar - Vamos, ainda tens tua dor.

Poema escrito de Lou A.-Salomé 1880
à F. Nietzsche para ser musicado por ele.

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