Não nos separarmos do mundo. Não se perde a vida quando a colocamos à luz do dia. Todo o meu esforço, em todas as posições e desgraças, as desilusões, o sofrimento da doença, é para recuperar os contactos. Contactos com o verdadeiro, a natureza em primeiro lugar, e depois a arte daqueles que compreenderam. E mesmo nesta tristeza que há em mim, que desejo de amar e que inebriamento apenas perante a visão dum pôr de sol na aragem do fim da tarde. A luz e a água e a ambriaguez estão ainda na minha frente, e os lábios humidos do desejo. Desespero sorridente, sem saída, mas que exerce sem cessar um domínio que se sabe inútil. O essencial, não nos perdermos, e não perder aquilo que, de nós, dorme no mundo.
tancredo infrasonic
No comments:
Post a Comment