tancredo infrasonic
Wednesday, December 31, 2008
Partir
tancredo infrasonic
Tristesse
(Julia Kristeva, Soleil noir, dépression et mélancolie)
Monday, December 29, 2008
Lisbon Revisited (1923)
Não: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) -
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul - o mesmo da minha infância -
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Sunday, December 28, 2008
A terra nosso jardim
tancredo infrasonic
Saturday, December 27, 2008
Ce qui renaît à la vie
Friday, December 26, 2008
Deus sive Natura
All things excellent
Clear and distinct ideas
Esquecer
tancredo infrasonic
A água (2)
Além de alimentar, a água embala; é o unico elemento que tem a propriedade de ritmadamente marcar um movimento que fala ao coração, "c'est le mouvement presque immobile, bien silencieux. L'eau nous porte. L'eau nos endort. L'eau nous rend notre mère." (Gaston Bachelard, L'eau et les rêves)
Sentimentalmente, portanto, a água é uma projecção da mãe; "la mer est pour les hommes l'un des plus grans, des plus constants symboles maternels."(ibid). Venerar é respeitar a infinitude e a majestade do mar, elemento que preside à essência da vida, é dar um sentido objectivo à infinitude do amor pela mãe.
Wednesday, December 24, 2008
Natal
Nasce um deus. Outros morrem. A Verdade
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.
Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto.
[Fernando Pessoa: em Cancioneiro]
Tuesday, December 23, 2008
O Despertar de Perséfone
Zagreus morre, é morto pelos Titãs, que atraem o menino Deus com brinquedos, e ele foge se transformando em todos os animais até que como touro é sacrificado, desce ao mundo inferior, ainda que seu coração pulse nas mãos de Atena.
Zagreus inicia o novo regime desce ao mundo dos mortos com o coração ainda vivo na terra, é agora o Zeus Ctônico, o "Invisível" Dionisio subterrâneo o Deus dos mortos.
Zagreus é Cultuado como Astérion, o Deus estrela tauricéfalo de Creta, que habita o centro do mundo subterrâneo, onde sua mãe e esposa, Perséfone/Ariadne, (somente as duas possuem o epíteto "puríssima") dança no Labirinto a dança do Grou, onde com um pé só percorre os meandros que levam de um mundo a outro, assim como o grou vai até os antípodas e volta sem se perder.
Dionisio Ctônico liberta antigas deusas do mundo subterrâneo, Hécate e outras Senhoras da Necessidade (Filhas de Urano), subvertendo o mundo de Zeus, exigindo deste a sua mãe, para governar com ele o reino do invisível, o mundo dos mortos.
Assim como Dionisio, leva o mirto de Afrodite para o mundo dos mortos para raptar sua segunda Mãe Seméle, o Dionisio Ctônico negocia a vinha e outras riquezas do seio da terra, para buscar sua mãe Perséfone. Zeus possuiu sua própria mãe transformando Reia em Deméter para gerar Perséfone e agora Dionisio Ctônico queria raptar sua própria mãe e a transformar em Coré a sua pupila, o seu olho no mundo visível, na menina que leva os tesouros do submundo para a luz.
Negociação feita, o mundo dividido, o Ctônico também se divide, e quando usa o gorro de pele de lobo que o faz desaparecer é Hades, o Invisível, e sua mãe é sua rainha, quando tira seu gorro, percorre o mundo da luz com seu cortejo de loucura enquanto sua mãe preside com Deméter o milagre da ressurreição da Terra.
Rapta Perséfone enquanto ela colhia Jacintos, assustada ela reconhece nos olhos de seu captor invisível, o amarelo dos jacintos no olho da serpente que ela havia sido um dia e Grita de terror, pois percebe que agora os mortos voltariam a viver, e que toda a vida teria um ciclo. E que ela seria a doadora desta nova vida, pois passaria um tempo no ínfero mundo, enquanto a mãe Gaia descansa mas voltaria totalmente revigorada, como o grou que volta na primavera.
Dance em espiral louvando a volta de Perséfone, dance no labirinto que mostra em seus meandros o caminho do conhecimento, o caminho do renascimento e comece uma vida nova. É possível renascer .
Sunday, December 21, 2008
A Água ou a Vida e a Morte
Chamam por mim os mares.
[Álvaro de Campos]
É uma água que pode ser parada ou dinâmica, desejada, aceite, triste, profunda. Só não é contente, nem viva em transparente. Mesmo a fonte, lição de energia e juventude, quando aparece é para secar no momento exato em que o poeta pensa matar nela qualquer sede:
A fonte logo.
Da floresia, que fui buscar
Por essa fonte ali tecer
Seu canto de rezar -
Quando na sombra penetrei,
Só o lugar achei
Da fonte séca, inútil de se ter.
(Canc. 82)
Para que experiencias oniricas é transportado Fernando Pessoa através da água para tão insistentemente a invocar? Que segredos escondidos o movem para lhe determinarem tal dialéctica, por vezes metalôgica? Vários são os estímulos, conscientes ou inconscientes, conforme a água escolhida e que dependem da sua sede sem nome e sem mitigação. A morte consciente do dia a dia, a morte transportada dentro de si, a fonte primeira da vida, são traduções da água de Pessoa.
Fernando Pessoa - poesia e metafísica
in Revista Portuguesa de Filosofia de Julho-Setembro de 1975]
Saturday, December 20, 2008
Spinoza forever
L’histoire de la philosophie, l’épistémologie et autres équipes de seconde division, c’est comme le reste, ça comporte des seconds couteaux, des rôles annexes, de la figuration, quelquefois des gueules qu’on n’oublie pas. Les stars, ces cerveaux en roue libre qui impriment durablement le cortex liquide des générations, ont quelque chose en plus. Prenez Wittgenstein, qui adorait faire la vaisselle, qui écrit sous les grenades dans une tranchée de la guerre de 14. Très fort. En plus c’était le frère du pianiste à une seule main, pour qui Ravel … (En plus Witt et Spi ont tous les deux écrit un Tractatus, logico-philosophicus pour le premier, théologico-politicus pour le second.) Spinoza, lui, polissait des verres de lunettes. Imparable. C’est bien le seul qui est devenu artisan après avoir refusé d’être mandarin d’université. Avec des anecdotes pareilles, il enfonce nettement Descartes et son poêle, Rousseau et l’Assistance Publique, Platon et ses roustons dans la caverne ou bien Voltaire et son fauteuil à lumbago. Je pressens malgré tout que Spino pourrait être sévèrement concurrencé par un type comme Malebranche (ça me scie), mais presque plus personne ne le lit.
Spinoza, un patronyme qui ne fleure pas les plaines embrumées du Nord, tous ces lebbenitze, obbze, ficht, d-kart, quante, non, un blaze rond, méditerranéen et qui peut facilement rimer avec pizza (un atout poétique essentiel). Spinoza apparaît bizarrement dans de nombreux polars, généralement lus par le tueur en série juste avant qu’il ne débite une victime au couteau électrique. Voilà, Baruch est électrique. C’est de l’ordre de l’impensé radical. On ne peut pas tuer quelqu’un de sang-froid juste après avoir lu Bachelard.
En plus le batave au nom de torero a un avantage certain : il s’est opposé aux églises et en a subi les conséquences. Excommunié tous azimuts. Très fort. Moderne. Libertaire. Un plus, il vivait en Hollande. Descartes, qu’est-ce qu’il a fait en Hollande ? Son cogito/ergo sent déjà bon la fumette, c’est tout. Spinoza, lui a pensé, La Hollande, l’autre pays de la philosophie (berceau plus tard, de Pannekoek et des situationnistes). Au contraire de Hegel, il est seul, n’a pas généré d’école, et on n’a jamais vu des bandes de jeunes gens énervés se nommant les « Jeunes Spinozistes ». C’est pour ça qu’il était évident qu’il puisse quand même y avoir un jour une fraction armée se réclamant de lui.
Bert De Prins
Friday, December 19, 2008
Filosofia antigo
Ainda
Vou dizendo
Certas coisas
Vou sabendo
Certas outras
São verdades
Amizades
Aventuras
Quem alcança
Mora longe
Da mudança
Do seu nome
Alegria
Vã tristeza
Fantasia
Incerteza
São verdades
São procuras
Amizades
Aventuras
Quem avança
Guarda o amor
Guarda a esperança
Sem favor
Ainda
Ainda
Ainda
Ainda
Lyrics & music by Pedro Ayres Magalhães
Koan do Eu verdadeiro
Mas o professor apenas ficou olhando para longe, em silêncio, sem dar nenhuma resposta. O homem começou a implorar e pedir, sem que o mestre lhe desse nenhuma atenção. Finalmente, banhado em lágrimas de frustração, o homem virou-se e começou a se afastar.
Neste momento o mestre chamou-o pelo nome, em voz alta. "Sim?" replicou o homem, enquanto se virava para fitar o sábio. "Eis o seu verdadeiro Eu." disse o mestre.
Wednesday, December 17, 2008
É isso a existência
tancredo infrasonic
Não nos separarmos do mundo
Não nos separarmos do mundo. Não se perde a vida quando a colocamos à luz do dia. Todo o meu esforço, em todas as posições e desgraças, as desilusões, o sofrimento da doença, é para recuperar os contactos. Contactos com o verdadeiro, a natureza em primeiro lugar, e depois a arte daqueles que compreenderam. E mesmo nesta tristeza que há em mim, que desejo de amar e que inebriamento apenas perante a visão dum pôr de sol na aragem do fim da tarde. A luz e a água e a ambriaguez estão ainda na minha frente, e os lábios humidos do desejo. Desespero sorridente, sem saída, mas que exerce sem cessar um domínio que se sabe inútil. O essencial, não nos perdermos, e não perder aquilo que, de nós, dorme no mundo.
tancredo infrasonic
Há lagrimas nas estações
Os abraços dos retornos são desajeitados. As mãos, os braços crêem estreitar ombros que reconheçam, quando são pedaços de gelo, transidos pelo medo e pela estranheza que se deixam enlaçar. Há um hábito de gestos que se pareça reencontrar imediato, como se o tempo não tivesse existido; mas é mais que um corpo, o tempo e um espaço que se deve estreitar nos braços; o espaço dum exílio, com florestas, quilómetros de florestas e estradas misturadas com sonhos de ausência, e tudo isso não se pode estreitar num gesto sòzinho.
Estes abraços nas estações quando um homem e uma mulher se reencontram é o gesto o mais terrível que cada um tenha um dia de viver. Os braços parecem dois remos que tentem atravessar o mar num movimento único... Mas a emoção não pode, em si mesma, suprir as distâncias percorridas por dois mundos que derivavam um do outro por tanto tempo. ....
tancredo infrasonic
Tuesday, December 16, 2008
Lisbon revisited (1926)
Nada me prende a nada.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.
Fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.
Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...
Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.
Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.
Outra vez te revejo,
Cidade da minha infãncia pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...
Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?
Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.
Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...
Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...
Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...
Álvaro de Campos
Monday, December 15, 2008
Autonomía del hombre
La vision antropologica que el hombre tiene un interior, una interioridad, así que nunca se puede reducirlo con su aparencia corporal o exterioridad, esta diformado por el dualismo platonico de cuerpo e alma. Contra esta vision platonico se tornaron los filosofos del siglo 19 y 20, como José Ortega y Gasset:
"En cada momento de mi vida abren ante mi diversas posibilidades: puedo hacer esto o lo otro. Si hago esto, seré A en el instante próximo; si hago lo otro, seré B. En este instante puede el lector dejar de leerme o seguir leyéndome. Y por escasa que sea la importancia de este ensayo, según que haga lo uno o lo otro, el elctor será A o será B, habrá hecho de sí mismo un A o un B. ... Pero el hombre no sólo tiene que hacerse a sí mismo, sino que lo más grave que tiene que hacer es determinar lo que va a ser. ... Si el lector ha resuelto ahora seguir leyéndome en el próximo instante será, en última instancia, porque hacer eso es lo que mejor conceurda con el programa general que para su vida ha adoptado; por tanto, con el hombre determinado que ha resuelto ser. Este programa vital es el yo de cada hombre, el cual ha elegido entre diversas posibilidades de ser, que en cada instante se abren ante él.
Sobre estas posibilidades de ser importa decir lo siguiente: Que tampoco me son regaladas, sino que tengo que inventármelas, sea originalmente, sea por recepción de los demás hombres, incluso en el ámbito de mi vida. Invento proyectos de hacer y de ser en vista de las circunstancias. Esto es lo único que encuentro y que me es dado: la circunstancia. Se olvida demasiado que el hombre es imposible sin imaginación, sin la capacidad de inventarse una figura de vida, de "idear" el personaje que vaa ser. El hombre es novelista de si mismo, original o plagiario.
Entre esas posibilidades tengo que eligir. Por tanto, soy libre. Pero, entiéndase bien, soy por fuerza libre, lo soy quiera o no. La libertad no es una actividad que ejercita un ente, el cual aparte y antes de ejercitarla tiene ya un ser fijo. Ser libre quiere decir carecer de identidad constitutiva, no estar adscrito a un ser determinado, poder ser otro del que se era y no poder instalarse de una vez y para siempre en ningún ser determinado. Lo único que hay de ser fijo y estable en el ser libre es la constitutiva inestabilidad. ...
Bert De Prins
Saturday, December 13, 2008
Là-bas, je ne sais où
Véspera de viagem, campainha... Não me sobreavisem estridentemente! Quero gozar o repouso da gare da alma que tenho Sabe-me a náusea próxima o cigarro. O comboio já partiu da outra estação... Vou para o futuro como para um exame difícil. Já me vejo na estação até aqui simples metáfora. Os meus modos são de homem educado, evidentemente. Partir! Partir! Meu Deus, partir! Tenho medo de partir!... Álvaro de Campos |
Friday, December 12, 2008
O Coro das Ninfas
- Que rémedio deste aos humanos contra o desespero?
Prometeu:
- Dei-lhes uma esperança infinita no Futuro
[Ésquilo, in Prometeu Acorrentado]
Dormiu
Causa mortis, inaniçao, morte.
E dormimos, todos,
o sono dos justos:
In, in Infamiam;
In, in Injustitiam;
Thursday, December 11, 2008
Désir de vie
Tout désir de vie est un désir sans limite.
Tuesday, December 9, 2008
Mulheres na Janela
Os homens
Os homens são como gajos pikenos, obedientes. Vivem como aprendiam de viver. Quando o tempo esta vindo de deixar a sua mãe, dizem, "dacordo, ma preciso duma mulher, tenho direito à uma certa quantidade de mulher, somente pra mim, preciso duma mulher na minha cama, à minha mesa, uma mãe para os crianças e pra mim quem fica sempre incuravel da minha infançia". E por que acham que a melhor maneira de ter uma mulher ainda é de casar-se com uma, assim tomam matrimonio como tomam uma praga mais, um biscate mais como o trabalho salarial, ou as compras à fazer os sabados.
Quando têm a sua mulher, não pensam mais nela, jogam com um computador, reparam um armariozinho, ou passam o apparador de grama no fondo do jardim. Isso é a sua maneira de descansar duma vida vivida como uma praga, é a sua maneira de partir sem partir. Com o casamento algo se acaba pra os homens.
Para as mulheres, ao inverso, algo começa. Desde a adolescencia as mulhers vão direito na sua solidão. Vão tão direito que se casam com ele. A solidão pode ser um abandono e pode ser uma força. No casamento as mulheres descobram os dois. O casamento é uma historia muitas vezes querida pelas mulheres e somente por elas, sonhada nas profundas so por elas, portada so por elas, e isso faz que as vezes têm farto disso e desertam, 'quitte' à estar sozinha, ao menos estar sozinha plenamente.....
tancredo infrasonic
Destino
Como viver sem paixão
Que l'homme surmonte la colère par l'amour."
Bouddha
Calligraphie de Hassan Massoudy
Como viver sem paixão? isso chamaria-se 'deixando viver-se'. Como amar sem paixão ????, mesmo na temperança do amor fica presente a paixão.
Não é a paixão puro que rouba a liberdade (nem a temperança do amor), ma as ilusões que acompanham, quais vêm detras. Ninguem tem de ser escrava de ninguem, a paixão com sentimento puro não se confunde com o desejo de apropriar, este desejo que é o sede de ciumes.
Sim sei que ha a paixão puro como sofrimento (como o paixão do Cristo) ma aqui falo sobre a paixão como extase .... sentimento puro de liberdade e de alegria. Este sentimento que não deseja apropriar ma sim união, liberdade e alegria .... e é tudo o contrario do tedio que se encontra no estado depaixonado em que somente sobrevive-se com a ajuda de ilusões. Viver a vida apaixonado na cara do morte certo, isso chamo ser humano.
Para saber amar "a tudo dar sem nada pedir" precisa-se exatamente de muito paixão .... Ma no amor "tudo dar" sem receber tampoco chamo isso amor, no amor se espera açeitação e respeito reciproco. Amor simplesmente é coisa de duas pessoas ... que saibam viver-o apaixonadas. Mas o amor é muitas vezes confundida com posse.
Qual é o problema com posse? Um dos condições de ser normal exatamente é de saber deixar a distância entre se mesmo e os outros. Uma das condiçoes da psicosis é o não deixar a distância, no psicosis o subjeto quer apropriar-se completo do outro ou (sim no limite até o Annibal Lector né) ou se sente completamente invadido pelos outros, pelo mundo. Ex-istere quer dizer pôr-se para fora. Neste sentido o desejo de posse no paixão é um estado de neurosis limitado, limitado à certas condições, à certa reciprocidade, a doce neurosis de amar, de gostar comer-se ... quanto os ciumes são ja um 'début' de neurosis ..... gradavel, ma temos todos ciumes que queremos ou não por que somos humanos, os ciumes formam parte da nossa pessoa (em contra do 'ego'), somente ha de saber viver e acceptar esta pessoa, estes lados negros, acceptar os ciumes para melhor deixar-os.
Não exsite um caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho.
Bert De Prins
Tao
Como descrever à uma rã, que vive no fondo dum poço
a vastidão do oceâno?
A rã não te perceberás.
Chuang-tzu
Bert De Prins
O Autoconhecimento (Krishnamurti)
(Krishnamurti)
Monday, December 8, 2008
Mientras atrapes (Rilke)
Mientras atrapes únicamente aquello que se arrojó a sí propio, todo será mera destreza y ganancia por demás prescindible; sólo cuando, de pronto, te conviertas en captor de aquella pelota que te lanza ese eterno coparticipante en el juego --tu centro-- con impulso bien dominado y preciso, describiendo uno de aquellos grandiosos arcos con los que Dios construye sus puentes-- sólo entonces tu habilidad para recoger la pelota será inmensa fortuna, y no sólo tuya, no, sino de un mundo entero. Pero si, además, tuvieras el valor y la fuerza de devolverla, arrojándola tú a tu vez; si aún más maravillosamente, olvidaras fuerza y valor y ya hubieras lanzado... (como la estación avienta los pájaros, las bandadas de aves viajeras que una calor que envejeció arroja, allende los mares, a una calor juvenil), entonces, y por correr ese riesgo, estarías participando válidamente en el juego. Ya no te aligerarás ni te entorpecerás a ti mismo el lanzamiento. De tus manos parte el meteoro y se interna raudo en su espacio...
(Rainer Maria Rilke)
"Não importa qual seja nosso destino específico, desde que o enfrentemos com o máximo de abandono..." Carlos Castaneda, The Teachings of Don Juan (Os Ensinamentos de Dom Juan)
Einstein y Tagore
Conversación entre Rabindranath Tagore y el profesor Albert Einstein, en la tarde del 14 de julio de 1931, en la residencia del profesor Kaputh (publicada en "Modern Review", Calcuta, 1931). (Extraído del libro ¿Tan solo una ilusión? De Ilya Prigogine).
Einstein- ¿Cree usted en lo divino aislado del mundo?
Tagore- Aislado no. La infinita personalidad del Hombre incluye el Universo. No puede haber nada que no sea clasificado por la personalidad humana, lo cual prueba que la verdad del Universo es una verdad humana.
He elegido un hecho científico para explicarlo. La materia está compuesta de protones y electrones, con espacios entre sí, pero la materia parece sólida sin los enlaces interespaciales que unifican a los electrones y protones individuales. De igual modo, la humanidad está compuesta de individuos conectados por la relación humana, que confiere su unidad al mundo del hombre. Todo el universo está unido a nosotros, en tanto que individuos, de modo similar. Es un universo humano.
He seguido la trayectoria de esta idea en arte, en literatura y en la conciencia religiosa humana.
E.- Existen dos concepciones distintas sobre la naturaleza del Universo:
1)El mundo como unidad dependiente de la humanidad, y
2)El mundo como realidad independiente del factor humano
T.- Cuando nuestro universo está en armonía con el hombre eterno, lo conocemos como verdad, lo aprehendemos como belleza.
E.- Esta es una concepción del universo puramente humana.
T.- No puede haber otra. Este mundo es un mundo humano, y la visión científica es también la del hombre científico. Por lo tanto, el mundo separado de nosotros no existe; es un mundo relativo que depende, para su realidad, de nuestra conciencia. Hay cierta medida de razón y de gozo que le confiere certidumbre, la medida del Hombre Eterno cuyas experiencias están contenidas en nuestras experiencias.
E.- Esto es una concepción de entidad humana.
T.- Sí, una entidad eterna. Tenemos que aprehenderla a través de nuestras emociones y acciones. Aprehendimos al Hombre Eterno que no tiene limitaciones individuales mediadas por nuestras limitaciones. La ciencia se ocupa de lo que no está restringido al individuo; es el mundo humano impersonal de verdades. La religión concibe esas verdades y las vincula a nuestras necesidades más íntimas, nuestra conciencia individual de la verdad cobra significación universal. La religión aplica valores a la verdad, y sabemos, conocemos la bondad de la verdad merced a nuestra armonía con ella.
E.- Entonces, la Verdad, o la Belleza, ¿no son independientes del hombre?
T.- No
E.- Si no existiera el hombre, el Apolo de Belvedere ya no sería bello.
T.- No
E.- Estoy de acuerdo con esta concepción de la Belleza, pero no con la de la Verdad.
T.- ¿Por qué no? La verdad se concibe a través del hombre.
E.- No puedo demostrar que mi concepción es correcta, pero es mi religión.
T.- La belleza es el ideal de la perfecta armonía que existe en el Ser Universal; y la Verdad, la comprensión perfecta de la mente universal. Nosotros, en tanto que individuos, no accedemos a ella sino a través de nuestros propios errores y desatinos, a través de nuestras experiencias acumuladas, a tavés de nuestra conciencia iluminada; ¿cómo si no, conoceríamos la verdad la Verdad?
E.- No puedo de mostrar que la verdad científica deba concebirse como verdad válida independientemente de la humanidad, pero lo creo firmemente. Creo, por ejemplo, que el teorema de Pitágoras en geometría afirma algo que es aproximadamente verdad, independientemente de la existencia del hombre. De cualquier modo, si existe una realidad independiente del hombre, también hay una verdad relativa a esta realidad; y, del mismo modo, la negación de aquella engendra la negación de la existencia de ésta.
T.- La verdad, que es una con el Ser Universal, debe ser esencialmente humana, si no aquello que los individuos conciban como verdad no puede llamarse verdad, al menos en el caso de la verdad denominada científica y a la que sólo puede accederse mediante un proceso de lógica, es decir, por medio de un órgano reflexivo que es exclusivamente humano. Según la filosofía hindú, existe Brahma, la Verdad absoluta, que no puede concebirse por la mente individual aislada, ni descrita en palabras, y sólo es concebible mediante la absoluta integración del individuo en su infinitud. Pero es una verdad que no puede asumir la ciencia. La naturaleza de la verdad que estamos discutiendo es una apariencia - es decir, lo que aparece como Verdad a la mente humana y que, por tanto, es humano, se llama maya o ilusión.
E.- Luego, según su concepción, que es la concepción hindú, no es la ilusión del individuo, sino de toda la humanidad...
T.- En ciencia, aplicamos la disciplina para ir eliminando las limitaciones personales de nuestras mentes individuales y, de este modo acceder a la comprensión de la Verdad que es la mente del Hombre Universal.
E.- El problema se plantea en si la Verdad es independiente de nuestra conciencia.
T.- Lo que llamamos verdad radica en la armonía racional entre los aspectos subjetivos y objetivos de la realidad, ambos pertenecientes al hombre supra-personal.
E.- Incluso en nuestra vida cotidiana, nos vemos impelidos a atribuir una realidad independiente del hombre a los objetos que utilizamos. Lo hacemos para relacionar las experiencias de nuestros sentidos de un modo razonable. Aunque, por ejemplo, no haya nadie en esta casa, la mesa sigue estando en su sitio.
T.- Sí, permanece fuera de la mente individual, pero no de la mente universal. La mesa que percibo es perceptible por el mismo tipo de conciencia que poseo.
E.- Nuestro punto de vista natural respecto a la existencia de la verdad al margen del factor humano, no puede explicarse ni demostrarse, pero es una creencia que todos tenemos, incluso los seres primitivos. Atribuimos a la Verdad una objetividad sobrehumana, nos es indispensable esta realidad que es independiente de nuestra existencia, de nuestras experiencias y de nuestra mente, aunque no podamos decir qué significa.
T.- La ciencia ha demostrado que la mesa, en tanto que objeto sólido, es una apariencia y que, por lo tanto, lo que la mente humana percibe en forma de mesa no existiría si no existiera esta mente. Al mismo tiempo, hay que admitir que el hecho de que la realidad física última de la mesa no sea más que una multitud de centros individuales de fuerza eléctricas en movimiento es potestad también de la mente humana.
En la aprehensión de la verdad existe un eterno conflicto entre la mente universal humana y la misma mente circunscrita al individuo. El perpetuo proceso de reconciliación lo llevan a cabo la ciencia, la filosofía y la ética. En cualquier caso, si hubiera alguna verdad totalmente desvinculada de la humanidad, para nosotros sería totalmente inexistente.
No es difícil imaginar una mente en la que la secuencia de las cosas no sucede en el espacio, sino sólo en el tiempo, como la secuencia de las notas musicales. Para tal mente la concepción de la realidad es semejante a la realidad musical en la que la geometría pitagórica carece de sentido. Está la realidad del papel, infinitamente distinta a la realidad de la literatura. Para el tipo de mente identificada a la polilla, que devora este papel, la literatura no existe para nada; sin embargo, para la mente humana, la literatura tiene mucho mayor valor que el papel en sí. De igual manera, si hubiera alguna verdad sin relación sensorial o racional con la mente humana, seguiría siendo inexistente mientras sigamos siendo seres humanos.
E.- ¡Entonces, yo soy más religioso que usted!
T.- Mi religión es la reconciliación del Hombre Suprapersonal, el espíritu humano Universal y mi propio ser individual. Ha sido el tema de mis conferencias en Hibbert bajo el título de "La religión del hombre".